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APESAR DA INTRANSIGÊNCIA DOS PATRÕES, CATEGORIA SAI VITORIOSA!

Na assembleia realizada hoje (11/11), os trabalhadores aprovaram a proposta de reajuste salarial de 8,50%, aplicado de forma linear, além da manutenção de todas as cláusulas econômicas e sociais que constam na Convenção Coletiva de Trabalho. Essa foi uma importante vitória para a nossa categoria!

Todos sabem que essa Campanha Salarial foi muito difícil para nossa categoria. Durante as negociações, o sindicato patronal insistia em apresentar uma proposta de reajuste bem abaixo da inflação e a retirada de todas as cláusulas econômicas e sociais da nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Ou seja, acabava com direitos como adiantamento salarial (vale); Dia do Padeiro; Horas Extras de 55%; Adicional Noturno de 37%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR); Cesta Básica; Convênio Médico, entre outros.
 
Para que você tenha uma ideia da batalha que a Comissão de Negociação do nosso Sindicato teve de enfrentar, na primeira reunião, os patrões chegaram a oferecer um reajuste de 6%, divido em duas parcelas: uma que seria paga nos salários recebidos em novembro e outra para o ano que vem. Além da retirada das cláusulas econômicas e sociais.
 
Porém, nosso Sindicato, juntamente com a Comissão de Negociação formada por trabalhadores e trabalhadoras da nossa categoria, deixou bem claro para os patrões que essa proposta era inaceitável e que, portanto, as negociações só teriam sentido de continuar caso eles recuassem e apresentassem uma proposta de reajuste partido do índice medido pelo IMPC e, principalmente, que mantivessem todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho vigente. Sem isso, as negociações seriam suspensas.
 
Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato, foi taxativo ao afirmar que os trabalhadores não têm mais condições de perder nenhum direito. Afinal, são mais de dois anos de profunda crise e, até agora, os governos e os patrões só têm tirado das costas dos trabalhadores as soluções para o problema. A situação do país é grave. Todos os brasileiros têm consciência disso. Porém, as medidas só têm afetado diretamente os direitos dos trabalhadores e penalizado a população. 
 
Diante do impasse e sob a ameaça de greve da categoria, os patrões recuaram e fizeram a proposta de reajustes vinculada ao índice do INPC, que é de 8,50%, e a manutenção de todas as cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho. O reajuste será aplicado de forma linear para todos os itens, com exceção do valor do Dia do Padeiro, que será congelado e rediscutido na Campanha do próximo ano.
 

 

Portanto, apesar da intransigência dos patrões, nossa categoria saiu vitoriosa, pois ao contrário de muitas categorias no país, conseguimos preservar nossos direitos na CCT e repor a inflação do período. Isso, graças à capacidade de negociação e o compromisso do nosso sindicato com a defesa dos direitos dos trabalhadores e, fundamentalmente, pela participação de inúmeros companheiros e companheiras nas assembleias e nas reuniões de negociações. Os patrões sentiram na pele nossa unidade, garra e determinação em lutar para defender nossos direitos.