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OS JOVENS SERÃO OS MAIS PREJUDICADOS CASO A REFORMA DA PREVIDÊNCIA SEJA APROVADA
 
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A proposta de Reforma da Previdência, que foi aprovada na Câmara pela Comissão Especial, é uma das grandes ameaças que a população brasileira vem enfrentando nos últimos meses. A proposta prevê regras absurdas para dar entrada na aposentadoria como, por exemplo, a idade mínima para que se possa receber o benefício de 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens, com, pelo menos, 25 anos de contribuição.
 
Contudo, se a proposta for aprovada na forma em que está, os jovens serão os mais impactados pelas mudanças que o Governo deseja estabelecer. 
 
Alguns advogados, economistas e especialistas em finanças apoiam a teoria de que o planejamento financeiro deve ser ensinado para os jovens desde cedo pelos pais, o que, no caso, é inadmissível. Como podemos jogar tamanha responsabilidade nas costas de um jovem que terá que enfrentar inúmeros obstáculos à frente como, por exemplo, o desemprego? 
 
O discurso de que a Reforma da Previdência é uma tática para reacender a economia do País é somente mais uma tentativa da elite em diminuir os recursos da classe popular em benefício próprio. Ou seja, as novas gerações terão que, além de se adaptar às mudanças que podem ser implementadas com a reforma, se preocupar em como irão traçar o planejamento financeiro para não sentir o impacto que a ausência da aposentadoria irá causar. 
 
Porém, o projeto da Reforma Previdenciária não exige somente que a parcela mais jovem da população se conscientize financeiramente, ela também determina obstáculos para que se possa ter acesso a uma aposentadoria digna, mesmo que se tenha contribuindo por anos para a economia do país. É desta forma que o Governo quer tratar o povo brasileiro, impondo barreiras para que os trabalhadores possam desfrutar do que eles construíram com os seus próprios esforços. 
 
Segundo Milko Matijascic, técnico em Planejamento e Pesquisa do Ipea e doutor em economia pela Unicamp, “Entre as maiores ameaças aos brasileiros, figura a exigência de 25 anos de contribuição para se aposentar.
 
Para completar esse período, o brasileiro pode se ver obrigado a trabalhar até 35, 40 anos ininterruptos, se levar em conta os períodos nos quais ele atua fora do mercado formal”.
 
É preciso compreender que estas reformas, tanto a da previdência quanto a trabalhista, só irão prejudicar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Elas devem ser pensadas e elaboradas para melhorar as relações de trabalho e proteger os direitos dos cidadãos, e não para serem usadas como recursos em detrimento desses mesmos direitos sob o pretexto de que irão melhorar a economia.