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SEMINÁRIO DE ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO DEBATEU...

SEMINÁRIO DE ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO DEBATEU E DELIBEROU SOBRE AS AÇÕES PARA 2018

Por Suely Torres

seminarioplan2018

(Foto: Paulo Rogério "Neguita")

 

Como é de costume, o nosso Sindicato faz todo final de ano, o Seminário de Organização e Planejamento, para avaliar as atividades realizadas e traçar, à luz da realidade objetiva da categoria, as ações necessárias para a luta em defesa dos direitos e conquistas.

Desta vez, o Seminário foi muito mais além. Deparamo-nos com a exigência de aprofundar o que está posto na nova Lei Trabalhista, no sentido de preparar, não apenas as ações da entidade, mas, principalmente, os trabalhadores para enfrentar os novos desafios advindos da enorme transformação ocorrida na relação de trabalho em nosso país.

Com relação às ações sindicais para o ano de 2018, o Seminário debateu e decidiu ampliar as atividades como a realização de seminários, debates, fortalecer os departamentos de comunicação, de Saúde e Segurança, com ênfase na construção de CIPA’s nas empresas, visitas e reuniões com os trabalhadores nos locais de trabalho, com a meta de atingir, no mínimo, 80% da categoria este ano, entre outras ações como o CIPÃO e atividades em comemoração ao Dia do Padeiro, pois, o momento exige forte mobilização e participação dos trabalhadores nas lutas e atividades do Sindicato.

ENFRENTAR A NOVA LEI TRABALHISTA

Para entender, com maior profundidade, a nova Lei Trabalhista, o nosso Sindicato dedicou boa parte do Seminário de Organização e Planejamento para debater a questão. Para isso, convidou dois advogados estudiosos do tema, doutor Hudson Marcelo da Silva e doutor Clovis Renato, os quais fizeram suas exposições, no sentido de aprimorar as intervenções da entidade frente às ofensivas e ameaças da nova Lei.

O doutor Clóvis Renato, além de destrinchar o conteúdo dos principais tópicos da nova Lei, reafirmou que é fundamental que o Sindicato tome todas as medidas políticas e jurídicas para defender os trabalhadores, pois existem inúmeras brechas na própria legislação trabalhista aprovada que contradizem o que determina a Constituição Federal, abrindo caminhos para quebrar os possíveis abusos praticados pelos patrões.

Na opinião do doutor Hudson, o Trabalho Intermitente irá causar muito sofrimento aos trabalhadores que forem submetidos a esse tipo de contrato e, mesmo o Sindicato sendo contrário, deve negociar e fazer o enfrentamento específico para aprimorar o trabalho intermitente, pois, caso contrário, ficará muito difícil para o trabalhador, que correrá o risco de exercer suas funções sob a égide de uma “escravidão moderna.”

Para Hudson, se o Sindicato não estiver no âmbito das negociações coletivas dos trabalhadores que têm contrato de Trabalho Intermitente, só Deus sabe aonde eles irão parar, além do que, o Sindicato poderá exercer um papel fiscalizador e organizar esses trabalhadores para que eles tenham condições de defenderem seus direitos dos ataques causados por esse tipo de contrato.

Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato, ao finalizar o Seminário disse que a entidade está preparando a diretoria, os assessores e os funcionários da Sede e Subsedes para adquirirem maior conhecimento sobre a nova Lei, no sentido de ajudar os trabalhadores a se defenderem das ofensivas dos patrões, contra seus direitos.

“O nosso Sindicato, como sempre fez, irá reforçar sua equipe no sentido de percorrer toda a nossa base de trabalhadores. O que vamos fazer nada mais é do que ampliar nossas ações, e debater com o trabalhador dentro das empresas, explicando a nova realidade em que fomos submetidos com o advento Reforma Trabalhista. Esse trabalho é essencial para qualquer Sindicato que tem a pretensão de lutar contra essa situação e defender o trabalhador. Portanto, há muito trabalho a ser feito e temos que ser incansáveis nessa luta.” Finalizou o dirigente.