AÇÃO NA BASE É O QUE FORTALECE SINDICALISMO...
AÇÃO NA BASE É O QUE FORTALECE SINDICALISMO, CHIQUINHO PEREIRA!
Entrevista concedida ao jornalista João Franzin, da Agência Sindical
Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT foi o entrevistado desta quinta (14/02), no Repórter Sindical na Web. Nas negociações coletivas, o Sindicato tem conseguido manter todas as conquistas da Convenção Coletiva e obtido aumento real de salário.
No programa conduzido pelo jornalista João Franzin, o líder dos Padeiros defendeu a ação cotidiana na base. Não acho que o sindicalismo tenha de ser reinventado. Entendo que devemos fazer o simples. Estar logo cedo na base, ouvindo muitas vezes até críticas de companheiros, é fazer o simples que funciona., observa.
Quando da promulgação da lei trabalhista, que cortou o imposto sindical, a diretoria dos Padeiros fez inúmeras assembleias, em que o trabalhador votava pelo desconto e depois colhia as assinaturas individuais. Em mais de 85% dos casos, os companheiros aprovaram o custeio, conta Chiquinho.
No programa da quinta, o dirigente avaliou a conjuntura, que combina recessão prolongada e a série de ataques aos trabalhadores e ao sindicalismo. Ele defende que o movimento sindical - Centrais, Confederações, etc. - procure diálogo com o poder. Gostemos ou não, o governo, deputados e senadores estão lá pelo voto. Nós temos de procurar cada um, expor nossas demandas e buscar um freio à onda de ataques.
Previdência - Passam a impressão que o movimento sindical é contra a reforma. Não é. Nós queremos conhecer os números reais da Seguridade. Saber quem deve e por que não paga. Saber quais são os privilegiados e partir pra acabar com as injustiças. Esse é o caminho, afirma Chiquinho Pereira.
Unidade - Originário da escola do Partidão, onde o conceito de unidade sempre foi muito cultivado, o dirigente ugetista conclama o sindicalismo a se concentrar nos pontos de união. Deve ser um esforço permanente. Temos que aprender a superar divergências e caminhar para uma ação efetiva, continuada e unitária. A base trabalhadora não se divide. Divisão, quando há, é nas cúpulas, completa.