O DESEMPREGO NO BRASIL É REAL?
Há anos, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável por realizar pesquisas para captar os principais dados do território nacional sobre, por exemplo, número de empregados e desempregados, densidade populacional, situação da saúde, educação, moradia, segurança, entre outros temas, tem, constantemente, divulgado dados sobre a questão do desemprego no país. Pois bem, na última pesquisa realizada, o IBGE apontou uma pequena queda do desemprego, caindo de 12,4%, em fevereiro de 2019 para 12,3%, (em média), no trimestre encerrado em maio de 2019. O que significa que mais de 13 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil. Porém, a taxa de desempregados pode ser bem superior, pois o IBGE tem considerado e classificado o Trabalho informal como Empregado. No entanto, a definição de Trabalho Formal é bem clara: é aquele em que o trabalho é exercido com carteira assinada, de acordo com a legislação trabalhista vigente e, portanto, assegurando ao trabalhador todos os direitos a que faz jus, como a contribuição à seguridade social; retenção de imposto de renda; depósitos ao FGTS; horas extraordinárias; abono de férias, 13º salário e etc. Já o Trabalho Informal é aquele em que o trabalhador não tem carteira assinada, nos termos da legislação trabalhista vigente e, portanto, tem suprimidos uma série de direitos, como, por exemplo, contribuição à seguridade social ; recolhimentos para o FGTS; recebimento de abono de férias e outros direitos acessórios e, até mesmo, possibilidade de comprovação de renda para obtenção de crédito, entre outros direitos e vantagens. Portanto, uma pessoa que está exercendo suas funções na informalidade não poderia ser considerada como empregada. Vejamos os dados abaixo
A POPULAÇÃO SUBUTILIZADA
Ora, segundo ainda os últimos dados do IBGE, a População subutilizada é recorde desde o início da série histórica iniciada em 2012: são 28,5 milhões de pessoas. O IBGE considera subutilizadas as pessoas que estão desempregadas, que trabalham menos do que poderiam, que não procuraram emprego, mas estavam disponíveis para trabalhar ou que procuraram emprego, mas não estavam disponíveis para a vaga.
CARTEIRA ASSINADA E RENDIMENTO
O número de pessoas com Carteira de Trabalho assinada (exceto trabalhadores domésticos) foi de 33,2 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio. E o rendimento médio do trabalhador entre março e maio foi de R$ 2.289, o que representa uma queda de 1,5% frente ao trimestre anterior. Ou seja, além do desemprego, o valor salarial sofre uma queda acentuada.
A INFORMALIDADE
Os dados também apontam que o número de empregados do setor privado sem carteira assinada é de 11,4 milhões de pessoas e também subiu nas duas comparações: 2,8% frente ao trimestre anterior e 3,4% em relação ao mesmo trimestre de 2018. A categoria dos trabalhadores por conta própria também é recorde da série histórica (iniciada em 2012), alcançando 24 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio. Houve alta de 1,4% em relação aos três meses anteriores e de 5,1% frente ao mesmo período do ano passado.
O DESALENTO
Segundo o IBGE, o país tinha 4,9 milhões de pessoas desalentadas (que desistiram de procurar emprego) entre março e maio. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho; não tinha experiência; era muito jovem ou idosa; ou não encontrou trabalho na localidade. È aquela pessoa que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
Fonte de pesquisa: IBGE e site da UOL