OS TRABALHADORES E A DEFESA DA DEMOCRACIA
Desde que Bolsonaro assumiu o governo, o país tem se deparado com polêmicas e preocupações sobre as ameaças a nossa, já tão frágil, democracia. Inúmeras falas em entrevistas e nas redes sociais do próprio presidente, de membros de sua equipe de governo e de seus filhos têm gerado desconforto para os brasileiros e para muitos setores internacionais: será o fim da democracia no Brasil?
Infelizmente, as ameaças não ficam só nas mensagens em redes sociais, como a que ocorreu no início do mês de setembro, quando um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, usou sua conta oficial no Twitter para dizer que a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade almejada por meio de vias democráticas.
O fato é que muitas Ações, Decretos e Medidas do governo têm colocado a Democracia e o Estado de Direito no Brasil em alerta. O desmonte dos vários Conselhos Consultivos, Comissões e Comitês demonstra o posicionamento do presidente em relação à participação social que, aliás, fica clara quando ele afirma que quanto menos gente opinando ou interferindo nas ações de governo, melhor. Nos últimos meses, o mandatário tem acelerado a extinção desses colegiados sob a premissa de que, dessa forma, o governo vai funcionar e estará livre de ideologia travestida de posicionamentos técnicos.
Mas, além dessas organizações, o governo Bolsonaro tem ameaçado por um fim nas organizações dos trabalhadores, quando ataca os sindicatos, tentando asfixiar as finanças dessas entidades, aprofundando, ainda mais, as maldades da famigerada Reforma Trabalhista do Temer.
Temos presenciado inúmeros sinais que nos deixam preocupados quanto à democracia em nosso país. As falas, ideias e as medidas do governo e de sua equipe, objetivamente, colocam a jovem democracia brasileira em risco. E isso nós não podemos permitir, pois, sem democracia não há desenvolvimento sustentável, economia soberana e, pior, não há como implantar as políticas que garantam o bem-estar da sociedade. Defender a democracia no Brasil é defender o emprego, as organizações populares, os direitos das minorias, o direito a vida! Portanto, é preciso que os trabalhadores e as trabalhadoras participem de forma decisiva. Desabafa Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato.