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DESEMPREGO CRESCE E ATINGE MAIS DE 14 MILHÕES DE PESSOAS!

DESEMPREGO CRESCE E ATINGE MAIS DE 14 MILHÕES DE PESSOAS!
Por Suely Torres
 
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A taxa de desemprego no Brasil não para de crescer. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre deste ano (janeiro a março), a taxa de desemprego chegou a 13,7%, atingindo mais de 14 milhões (14,2 milhões). Essa foi a maior taxa desde 2012 e em três (3) anos o número de desempregados quase dobrou no país. 
 
Com relação ao último trimestre do ano passado (outubro, novembro e dezembro), a taxa de desemprego subiu 1,7%, e o Brasil tinha 12% de desempregados. Já em relação ao primeiro trimestre de 2016 (janeiro, fevereiro e março), as altas são de 2,8%, e o país tinha uma taxa de desempregado em torno de 10,9%. Já em relação ao número de desocupados, o contingente cresceu 14,9% (mais 1,8 milhão de pessoas) frente ao trimestre de outubro a dezembrode 2016 e 27,8% (mais 3,1 milhões em busca de trabalho) em relação ao mesmo trimestre de 2016, segundo o IBGE.
 
A menor desocupação foi registrada no trimestre encerrado em fevereiro de 2014, quando havia 6,6 milhões de desempregados, ou seja, esse número mais que dobrou em três anos. 
 
De acordo com as informações de Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, em entrevista ao G1, “O mercado de trabalho continua a apresentar deterioração. Perdemos mais de 1,8 milhão de postos de trabalho, sendo que cerca de 70% dessa perda foi de empregos com carteira de trabalho assinada. ”
 
Segundo Azeredo, a notícia mais impactante da pesquisa é a perda expressiva de empregos com carteira assinada. “Perder postos de trabalho com carteira significa perda de arrecadação da Previdência, perda de acesso ao seguro-desemprego, perda de garantias trabalhistas. Além disso, a carteira de trabalho serve como garantia de acesso ao crédito. A grande notícia que a Pnad Contínua traz neste primeiro semestre do ano é que o mercado continua destruindo postos de trabalho”, disse Azeredo.
 
Esses são resultados da pesquisa científica realizada pelo IBGE, com dados pautados no fechamento e abertura de postos de trabalho e através de outras informações oficiais. No entanto, a realidade deve ser outra bem diferente. Existe um número de jovens (se calcula ser em torno de 4 a 5 milhões) que, apesar de estarem em fase de emprego, não chegaram ainda a procurar o mercado de trabalho; existe outro contingente há muito tempo desempregada e entraram para informalidade, segundo alguns, chega a mais de 8 milhões de pessoas enquadradas nessa categoria. 
 
Se consideradas, também, as informações não oficiais, o desemprego no Brasil deve está atingindo bem mais do que 14 milhões de pessoas. Segundo estudiosos, que consideram pesquisas realizadas com dados muito além da população economicamente ativa, a taxa de desemprego no país atinge mais de 20 milhões de brasileiros.